domingo, 24 de julho de 2011

Entram em vigor Novas Diretrizes para Tratamento da Hepatite C

Publicação no "O Globo/Saúde", de 18/07/2011:

RIO - Entraram em vigor nesta segunda-feira as novas diretrizes do Ministério da Saúde para melhorar o tratamento da hepatite C. A partir de agora, será ampliado o uso do medicamento interferon peguilado e os pacientes terão facilitado o acesso à terapia, em alguns casos, sem necessidade de biópsia prévia.

O protocolo anterior, de 2007, só permitia a extensão do uso do interferon com aprovação do Comitê Estadual de Hepatites Virais. Agora o médico do paciente poderá receitar a continuidade do tratamento, de acordo com os critérios no documento.
No Brasil, há 11.882 pessoas em tratamento, e a ampliação do uso do interferon peguilado beneficiará pelo menos outros 500 pacientes ainda este ano. O uso deste fármaco, diz o Ministério, trará mais bem-estar e conforto aos portadores, porque é ele usado apenas uma vez por semana. No caso do interferon convencional, são três doses a cada semana.
Hoje, um tratamento com duração de 48 semanas com o interferon peguilado custar R$ 23 mil ao Sistema Único de Saúde (SUS) e um paciente com hepatite C é tratado por até 72 semanas. A hepatite C ataca o fígado e a maioria dos pacientes foi contaminada em transfusão de sangue, ocorrida antes de 1993, ano em que os testes para detecção de anticorpos da hepatite C em bancos de sangue foram implantados. Outros casos de infecção se dão por seringas ou aparelhos perfurocortantes contaminados, como equipamentos odontológicos e materiais usados para tatuagem e piercing. Lâminas de barbear e de manicure e pedicure devem ser individualizados. A doença também pode ser transmitida em relação sexual desprotegida.
A transmissão da mãe para o bebê na gravidez do vírus C é menos frequente e ocorre em cerca de 5% dos nascidos de mães portadoras do vírus com carga viral elevada. A doença tem tratamento e cura, particularmente com diagnóstico e tratamento precoce. A prevalência da hepatite C nas capitais brasileiras é de cerca de 1,5%, e o Ministério está ampliando o acesso ao diagnóstico precoce desta infecção.

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