“TODAS AS
COISAS JÁ FORAM DITAS, MAS COMO NINGUÉM ESCUTA, É PRECISO RECOMEÇAR.” (André
Gide)
Equilíbrio.
Talvez esta seja a palavra mais adequada para nortear a vida de qualquer
pessoa, muito especialmente a dos empreendedores. Quando cuidamos de nossos
negócios (ou do negócio dos outros, com atitude empreendedora) costumamos
assumir uma postura extremada, engajando-nos de corpo e alma, labutando 14
horas diárias, negligenciando nossa saúde, nossa família, nossa vida social e cultural.
Os dias
tornam-se curtos, insuficientes para a realização das atividades propostas. O
almoço torna-se supérfluo. Dorme-se pensando nas duplicatas vencidas e a
vencer, nos clientes que deixaram de ser atendidos, nos atrasos na linha de
produção. Dificilmente lembramo-nos dos aspectos positivos, do que aconteceu de
bom naquele dia. Os problemas são recorrentemente mais pujantes. Os finais de
semana são comemorados no escritório ou em casa, porém, regados a “trabalho
atrasado”. Sentimo-nos quase reféns de uma espiral interminável, mas sempre com
a impressão de que ela está por findar-se. “Em três meses poderei tirar
férias”. “Estou concluindo esta etapa de crescimento da empresa em uns 6 meses
e então poderei trabalhar menos”. Você já disse frases similares a alguém (ou a
si mesmo) recentemente?
Enquanto isso,
a vida vai passando. Seus filhos crescem e você deixa de participar de suas
apresentações na escola, no clube, da perda de seu primeiro dente. Seus
relacionamentos pessoais desgastam-se, namoros perdem o encanto e casamentos
são rompidos. A dieta saudável e as atividades físicas ficam relegadas a um
segundo ou terceiro plano.
A coisa mais
importante é saber o que é importante.
Quando nos
perguntarmos, diante de um problema ou situação que gere conflito e desgaste:
Que diferença isso fará daqui a 100 anos? E conseguirmos responder: nenhuma, então, não perderemos mais
tanto tempo com coisas irrelevantes.
E para
chegarmos a essa resposta, precisamos saber quem somos nós. O quê, afinal, é importante nessa existência?
Não somos só o
corpo físico que vemos. Existem outros níveis de expressão do nosso ser, como: o
emocional; o mental; o energético e o espiritual.
Todos têm que
interagir em harmonia para que haja bem-estar, saúde, equilíbrio...
E, quando, nos
damos conta que nossa essência é espiritual e eterna, enquanto que os outros
níveis de expressão do ser são efêmeros, e que a evolução dessa essência
espiritual se dá com os atos de amor que agregamos a ela durante nossa
existência, aí, passaremos a aprender a amar mais e ver que esse é o real
sentido da vida. Cada qual desempenhando uma tarefa especial e única – porque
somos únicos – com o objetivo maior que é crescer no amor.
Que neste momento em que se aproxima o Natal e com ele a oportunidade para reflexões, possamos tocar nossa essência e deixar o amor fluir através de nós.
Um Excelente Final de Ano a Você!
Ana Cristina Siedschlag - Tillin
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